Saiba o que é a Síndrome de Burnout, suas causas, principais sintomas e como tratá-la!

criado em 28 de Abril de 2023

última atualização 19 de Setembro de 2023

Leia em 6 min

Muito se fala sobre a importância da saúde mental no trabalho. E o motivo é simples: os transtornos psicológicos têm se tornado cada vez mais frequentes. Prova disto é que mais de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout, segundo o ISMA-BR. Esse número representa cerca de 33 milhões de trabalhadores brasileiros.

Quer entender melhor o que é este transtorno e quais impactos ele pode trazer para a saúde dos colaboradores? Então, continue a leitura! No blog de hoje, vamos falar sobre sintomas, causas e efeitos da Síndrome de Burnout e o que fazer para evitá-la na sua empresa.

Índice:

O que é Síndrome de Burnout?

O termo “burnout” foi criado pelo médico americano Herbert Freudenberger em 1974. Ele significa “aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia”. Por este motivo, a Síndrome de Burnout também é conhecida como “Síndrome do esgotamento profissional”.

No Brasil, a doença é reconhecida por meio do Decreto N.º 3.048 de 6 de maio de 1999. Além de ser encontrada no Grupo V da Classificação Internacional das Doenças – CID-10. Onde é citada como a “sensação de estar acabado”.

Home Office e a Síndrome de Esgotamento Profissional

A chegada do home office mudou algumas dinâmicas de trabalho, inclusive a rotina de alguns profissionais que trabalham nessa modalidade. Por estarem em casa, muitas pessoas sentem dificuldade em separar o momento para trabalhar e o momento para descansar, gerando a síndrome de esgotamento profissional.

Dessa forma, vemos muitos trabalhadores estendendo a jornada de trabalho, se preocupando com o perfeccionismo das tarefas — principalmente por não estarem sendo supervisionados o tempo todo — e misturando problemas do trabalho com problemas de casa. Tudo isso pode ser o princípio do estresse que irá se desenvolver na Síndrome de Burnout.

Conheça os principais sintomas da Síndrome de Burnout

De maneira geral, esta síndrome se caracteriza em três dimensões:

  • Exaustão emocional;
  • Despersonalização;
  • Baixa realização profissional.

O primeiro momento é quando o trabalhador começa a sentir cansaço excessivo e sua energia esgotada devido aos problemas profissionais. No segundo, este esgotamento leva a à ausência de sentimentos em relação às outras pessoas no trabalho. Como colegas ou clientes.

Por fim, o terceiro momento está relacionado ao fato do colaborador não perceber o seu esforço e trabalho sendo valorizados e reconhecidos pelos líderes. O que gera o sentimento de insatisfação profissional.

Fatores que podem causar o esgotamento profissional

Como vimos, são justamente as situações de desgaste e o esgotamento causado pelo excesso de problemas ou dificuldades relacionadas ao ambiente de trabalho que levam os colaboradores ao limite emocional.

Ou seja, a Síndrome de Burnout não é um transtorno adquirido da noite para o dia. Ela se desenvolve à medida que o local de trabalho se torna cada vez mais estressante e nocivo para a saúde mental dos trabalhadores.

Dessa forma, uma vez que o burnout também é conhecido como esgotamento profissional, é fácil imaginar que sua origem está relacionada à rotina organizacional.

Mas, você sabe quais são os principais gatilhos que podem desencadear problemas como este? Confira!

Carga horária excessiva

Não é segredo que a carga horária de trabalho excessiva é também uma das principais causadoras do burnout. Afinal, neste cenário, os colaboradores trabalham além do que é o ideal, levando ao esgotamento em curto espaço de tempo.

Excesso de demandas

A sobrecarga de trabalho pode ser nociva, principalmente por gerar esgotamento físico e mental, ansiedade por querer finalizar e não conseguir, além de causar estresse e falta de motivação diária.

Cobranças exageradas por resultados

A cobrança a todo tempo pode ser o gatilho para a ansiedade, ocasionando, muitas vezes, insônia, queda de energia, dores de cabeça e até aumento da pressão arterial.

Demasiadas preocupações

O excesso de preocupação nos tira o foco do que realmente importa e dispersa a nossa atenção. Dessa forma, sintomas de ansiedade e cansaço mental são notórios, pois a mente se ocupa em gastar energia se preocupando e não separando um tempo para refletir e ter calma para resolver qualquer problema.

Falta de reconhecimento

A sensação de desvalorização profissional é uma das principais causas do desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Isto porque, nestas situações, o profissional pode se sentir motivado a trabalhar cada vez mais para conquistar este reconhecimento.

Cultura organizacional desequilibrada

Por fim, uma cultura organizacional desequilibrada também pode ser um ponto decisivo para desestabilizar a saúde mental dos colaboradores. Ao passo que se ela não for pautada em políticas de diversidade, pode gerar um grande desconforto para mulheres e outros grupos historicamente segregados.

Como a Síndrome de Burnout afeta a vida do colaborador?

A Síndrome de Burnout afeta tanto a vida profissional quanto a pessoal do colaborador.

Quando falamos da vida profissional, identificamos a queda da produtividade, a criação de um ambiente tóxico de trabalho, estresse e esgotamento físico e mental. Geralmente o colaborador passa a ter pouca energia para as atividades e sua paciência diminui, comprometendo seu relacionamento com outros colegas de trabalho.

Já na vida pessoal, esse esgotamento e estresse podem afetar o relacionamento com outras pessoas da família, deixando o ambiente agressivo e hostil. Além disso, pode gerar dependência de outras substâncias, como tabaco, álcool, outras drogas, ansiolíticos e antidepressivos.

Saiba como é feito o seu diagnóstico!

Para constatar que uma pessoa está com a Síndrome de Burnout, o diagnóstico precisa ser feito por um psicólogo e psiquiatra, após uma análise clínica.

Portanto, quando notar o surgimento de alguns sintomas relacionados a essa síndrome, é importante buscar ajuda profissional para receber o diagnóstico correto e seguir a forma ideal de tratamento.

Síndrome de Burnout: tratamento

A Síndrome de Burnout geralmente é tratada através de sessões de psicoterapia. Entretanto, em alguns casos é necessário contar com o apoio de medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos.

Além disso, é indicado rever o ambiente de trabalho atual e buscar praticar atividades físicas regularmente para aliviar sintomas de estresse. É importante que a pessoa se afaste do trabalho por um período de tempo para descansar a cabeça e se desligar de suas obrigações.

O papel da empresa na prevenção do Burnout

Neste cenário, é fundamental que as empresas assumam o protagonismo e trabalhem ações de prevenção e tratamento deste e de outros problemas relacionados ao estresse organizacional.

Para isso, algumas alternativas são:

  • Manter uma boa cultura organizacional;
  • Implantar cultura de feedback;
  • Ter uma boa comunicação interna;
  • Criar programas internos de incentivo à qualidade de vida;
  • Oferecer programas de psicoterapia;
  • Incentivar o diálogo e a colaboratividade entre diferentes níveis hierárquicos;
  • Não estimular cargas de trabalho excessivas.

Manter uma boa cultura organizacional

Caso o ambiente de trabalho da empresa não seja um espaço acolhedor, o colaborador pode sentir que seu esforço é em vão. Dessa forma, tem a sensação de que seu trabalho não é valorizado e que ele mesmo não é recompensado como deveria.

Este sentimento pode causar ainda a sensação de insuficiência. Nestes casos, o profissional pode desenvolver o sentimento de que não está fazendo o suficiente. Uma percepção que pode se estender até mesmo para sua vida pessoal.

Implantar a cultura do Feedback

Dar e receber feedback é uma prática que pode ajudar muito a evitar o Burnout. Isso porque o colaborador passa a ter mais visibilidade sobre como o seu trabalho tem sido visto, e ele também pode se abrir e falar caso se sinta sobrecarregado ou muito estressado na rotina corporativa.

Ter uma boa comunicação interna

A comunicação interna pode ser um canal poderoso para passar mais informações sobre a síndrome de burnout, a fim de promover uma conscientização e criar um canal aberto para que as pessoas possam comentar caso encontrem algum fator de risco dentro do ambiente de trabalho.

Criar programas internos de incentivo à qualidade de vida

Além disso, outra maneira de promover um ambiente de trabalho mais saudável e evitar problemas como a Síndrome de Burnout é oferecer benefícios que ajudem a facilitar a vida dos profissionais.

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